quarta-feira, 28 de outubro de 2009



Em 3º CD, NX Zero lembra fase independente


Depois de estrear na gravadora Arsenal Music com o disco NX Zero, em 2006, e lançar Agora, em 2008, a banda NX Zero chega ao final de 2009 acumulando vários hits - Razões e Emoções, Cedo ou Tarde, Pela Última Vez e por aí vai - e agora enfrenta mais um momento crítico da carreira: o lançamento do terceiro álbum, Sete Chaves.

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Em entrevista ao Terra, o baterista Daniel Weksler falou sobre o novo trabalho e sobre o momento da banda, sempre enfrentando provações da mídia, dos fãs e dos próprios integrantes.

"É difícil no Brasil ficar muito tempo no topo. As coisas são muito rápidas. Se você não ganha prêmio fica a impressão de que você já é passado. Estamos tentando mostrar que isso não é tudo. Se o nosso relacionamento como banda está bom e a gente continua fazendo um trabalho sincero, isso é maior que tudo", explicou.

Sobre o clima que culminou no terceiro álbum da banda, Weksler chegou a citar Diálogo, disco independente de 2004.

Confira a entrevista:

O que há de novo em Sete Chaves?

A primeira coisa marcante é que fizemos a pré-produção no Midas. O Rick (Bonadio, produtor da banda) participou muito e acompanhou o surgimento das músicas e rolou uma química com cada uma das músicas especificamente. A primeira coisa que você percebe nesse CD é a personalidade, dá pra ouvir nuances de cada instrumento, coisas mais orgânicas que lembram até o Diálogo.

Qual foi o papel de Rick Bonadio nesse álbum?

Ele estava mais envolvido com tudo o que a gente fazia. Foi trabalho de produtor mesmo, acompanhou cada música desde o surgimento. Além disso, durante o processo de criação a gente ouviu muitos sons diferentes. Teve dia que a gente nem tocou e ficou o tempo todo ouvindo música, só pra ter mais referência. A gente colocava um CD do Audioslave, por exemplo, e se inspirava em um determinado som de bateria, depois pensava em um arranjo que combinasse com aquilo. Aprendemos muito nesse álbum.

Vocês mudaram o processo de composição de alguma forma?
Conseguimos definir melhor quem fazia o que, sem perder tempo. O Di sempre foi um cara que compôs muito, por exemplo. Nesse CD ele se dedicou mais a isso. O Gee foi o cara que se preocupou com o trabalho mais bruto de fazer a música mesmo.

Como escolheram a arte do disco?

Esse é o primeiro CD em que não aparecemos na capa. Isso marca essa nova fase em que estamos ligados em outras coisas, não é mais necessário ficar expondo a nossa imagem. Tudo reflete que estamos um passo à frente, estamos mais ligados à nossa música. Todo mundo pergunta sobre esse lance do CD trazer as sete chaves e do cadeado. Isso representa as engrenagens que fazem tudo funcionar: gravadora, fãs, tudo isso.

Qual das músicas de Sete Chaves mais te surpreendeu?

A música que dá uma resumida na essência do NX Zero é Só Rezo. A sonoridade dela é incrível e rola todo um lance da dinâmica que a gente aprendeu a fazer um clima. Antes parecia que a gente sempre precisava fazer músicas explosivas.

Sublimar é a música mais diferente do álbum. Como foi trabalhar nela?

Acho que foi a música que deu mais trabalho. Não estávamos acostumados a tocar algo desse tipo, ela tem um arranjo funkeado. O som era completamente diferente e o Rick deu a ideia de trazer a música para um lado mais groove, meio Rolling Stones com um vocal mais baixo. Como músico, foi uma aula muito boa.

O NX Zero planeja algum lançamento além do CD?

Temos dois produtos que queremos lançar no ano que vem, mas ainda são supresa e estão em fase de desenvolvimento.

E quanto ao formato do CD? Vocês se importam em lançar álbuns completos ou fariam músicas separadas para colocar na internet?
Se você entrar nessa onda pessimista pensando em fazer qualquer coisa, você acaba desvalorizando o seu produto. A gente nunca vai deixar de fazer CD. Todo mundo gosta de CD.

Como vê o papel da internet na música de hoje?

As gravadoras temiam tudo isso. Parece que agora abriam o olho para esse mundo que temiam por não conhecer direito. A internet lança muita banda nova. As gravadoras estão mais "undergrounds" no sentido de buscar novas bandas.

Quando Espero a Minha Vez vazou, muitas fãs na internet postaram mensagens dizendo que haviam baixado o arquivo, mas logo se arrependeram. O que acha desse tipo de fanatismo?

Isso sempre vai existir, mas não pode sacrificar a pessoa. A gente também baixa mp3. Se vaza a música de um artista que eu gosto, eu ouço porque não agüento esperar.

By:Déeh
Fonte: Redação Terra

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